segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Nota

Estou fazendo o site Prosas e Imagens. O blog prosas, imagens e brincadeiras continuará no ar, mas por enquanto estou trabalhando na construção do site.

AGUARDEM.....

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Cabaré Literário

Uma noite com os professores imorais
 
Se você tem mais de 16 anos é nosso convidado para celebrar os 05 anos do Cordão com uma noite repleta de poesia, contos, crônicas, leituras dramáticas e performances. O evento cultural acontecerá sábado dia 18 de dezembro não fique de fora, fique dentro e fique fora, pois acontecerão apresentações no meio da rua e nesse entra e sai teremos a meia noite o espetáculo “O Diálogo Obscuro” com Gracinha Donato e Fredson Silva.
Vai rolar musica ao vivo com Bernardo Junior.
Carlos drummonde de Andrade, Hilda Hist, Lilia Diniz, Flor Bela Espanca, Fernando Pessoa estão entre os poetas que serão declamados na noite ou estarão expostos em nosso varal de poesia.
Nossa noite será regada a vinho, cerveja e salivas para os que necessitam de beijos.
É imperdível.
Evoé Baco.   

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Açailândia pode parar - A crise siderúrgica: fato ou boato?

Foto: Marcelo Cruz
É fato a demissão de 400 pais de família pelas siderúrgicas da Queiróz-Galvão em Açailândia. É fato o fechamento de 8 dos 15 fornos dessas e outras gusarias.
É fato o desemprego para cerca de 5.000 pessoas no ciclo de produção do carvão vegetal na região tocantina.
A deputada Helena Heluy, em audiência pública dia 23 de novembro na Assembléia Legislativa do Maranhão, disse que essa é uma questão de direitos humanos, trabalhistas e ambientais.

Com a presença de cinqüenta delegados de Açailândia, reuniram-se em debate autoridades políticas, sindicatos dos trabalhadores e patronais, entidades e movimentos de base.
Apareceram, assim, também os boatos: mais do que falência das empresas, trata-se de uma suspensão das operações devido a pouca margem de lucro. No momento em que não convém mais produzir, é fácil para a maior parte das gusarias demitir ou reduzir a jornada de trabalho, diminuindo contemporaneamente o número de pessoas para cada turno: confirma-se a política de ‘sugar’ os trabalhadores até que sirvam, para abandoná-los quando for mais conveniente.

A Vale, grande responsável dos impactos do ciclo de mineração e siderurgia também pelo que se refere aos conflitos trabalhistas, nem apareceu à audiência pública, confirmando seu costume de se dizer aberta ao diálogo com as comunidades, mas se ausentar nas horas mais importantes. “Audiências como essa deveriam ter um mandato obrigatório de comparecimento”, desabafou o presidente do sindicato dos metalúrgicos de Açailândia.

Outro grande ausente, fortemente criticado ao longo da audiência toda, foi o prefeito de Açailândia. O sindicato dos metalúrgicos da cidade conseguiu ao longo dos últimos meses conversar com o Presidente do Senado, a Governadora do Estado, membros da Assembléia Legislativa do Maranhão e Secretários de Governo, mas nunca (apesar de quatro ofícios enviados) com o prefeito de seu próprio Município!

Para enfrentar a política econômica das empresas e corrigi-la conforme o direito à vida do povo, é essencial o papel da política de governo federal, estadual e municipal. Preocupou-nos, nesse sentido, o vazio dos discursos dos secretários de Estado durante a sessão, bem como a ausência do deputado federal açailandense recém eleito.
A audiência reconheceu que Açailândia é símbolo do que está acontecendo no Maranhão todo: ao longo de trinta anos de investimentos em grandes projetos, favoreceu-se a concentração de renda, aumentou o PIB per capita, mas a distribuição de renda foi péssima e não garantiu a dignidade do povo maranhense.
“O grande desafio não é amenizar mais uma crise, aguardando a próxima: temos nas mãos a possibilidade de reinventar o modelo de vida e sustentação do Maranhão”, comentou o advogado Guilherme Zagallo.

Há sem dúvidas alguns avanços, como o esforço de verticalização da produção, do ferro até o aço, pela siderúrgica Gusa Nordeste. O presidente do sindicato patronal apontou a essa aciaria e ao comércio de gusa com a China como solução para todos os problemas do desemprego local, garantindo que daqui em diante não haverá mais nenhuma pessoa despedida.
Mas esses avanços e garantias (mesmo assim duvidosas, ao dizer do sindicato dos metalúrgicos) não apagam o passivo sócio-ambiental da Vale e das siderúrgicas na região: os movimentos sociais apontaram mais uma vez às responsabilidades por desmatamento e poluição.
O caso de Piquiá de Baixo, bairro pré-existente às gusarias e agora cercado pelos empreendimentos altamente poluentes, foi também destaque da audiência pública. Repetidas vezes foi reconhecido que é uma vergonha deixar ainda 350 famílias nessas condições de precariedade. Urge o reassentamento de Piquiá de Baixo, área de sacrifício do povo no altar do desenvolvimento sem controle.

Como justificar, de um lado, subsídios de dinheiro público tão pesados na construção da aciaria e, do outro lado, a lentidão do poder executivo e das empresas em garantir o direito à vida da comunidade de Piquiá de Baixo?

A audiência pública levantou perguntas e discussões ao longo de cinco intensas horas de debate.
Entre os muitos encaminhamentos, destacamos a urgência de soluções de curto prazo através de uma pactuação convocada pelo sindicato dos metalúrgicos com todas as partes envolvidas.

Em longo prazo, torna-se necessária a reflexão e articulação política a respeito de um Fundo de Desenvolvimento e Amparo aos Trabalhadores. Constituído por contribuições obrigatórias, proporcionais aos lucros da Vale e das siderúrgicas, relançaria novos investimentos que garantam a pluralidade das vocações produtivas de Açailândia e do Maranhão (pequena empresa, agricultura familiar, incentivos ao reflorestamento, capacitação profissional, etc.)
 

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

São Luis recebe espetáculo “Que Trem é Esse?”

Espetáculo do grupo Jupaz (Juventude pela Paz), de Açailândia, será apresentado no próximo final de semana


O espetáculo “Que trem é esse?”, de Açailândia, será apresentado em São Luís nos próximos dias 03 e 04 de dezembro. A primeira apresentação será no teatro Alcione Nazaré, na Praia Grande, dia 03, às 19h; e a segunda, no teatro Tapicuara, no Anjo da Guarda, dia 04, às 18h. Ambos terão entrada franca e com o objetivo de levar a discussão para o público da capital maranhense.

Com a direção de Xico Cruz, tem como elenco Mikael Carvalho, Daniela Sousa, Erika Sousa, Renam Santos, Geisivaldo Cardoso e Edvige Maria. A duração da apresentação é de 40 minutos, com classificação livre.

É um espetáculo de teatro resultado de uma pesquisa realizada nas cidades de Açailândia, Alto Alegre do Pindaré, Marabá, Presa de Porco e Parauapebas, que são cortadas pela Estrada de Ferro Carajás.

Segundo o diretor do espetáculo, Xico Cruz, a montagem retrata a vida das pessoas que são atingidas pelos empreendimentos da mineradora Vale, mostrando as angústias do povo, seus problemas sociais e econômicos, a busca pelo emprego e melhoria de vida. “O espetáculo traz à tona os conflitos, lamentações e dores pela morte de trabalhadores e trabalhadoras, a luta pela sobrevivência, seja com a venda de comidas no trem ou tentando ocupar um pedaço de terra em área urbana”, afirma o diretor.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres

Esta quinta-feira, 25 de Novembro, celebra-se o «Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres». De acordo com as Nações Unidas (ONU), uma em cada três mulheres no mundo é vítima de violência (já foi espancada, coagida sexualmente ou vítima de algum tipo de abuso

Segundo a ONU, garantir a igualdade e participação plena a todos os níveis do processo de desenvolvimento e manutenção de paz é uma das formas de proteger e promover os direitos e liberdades da mulher.

A data é celebrada desde 1981 e recorda o brutal assassinato de três mulheres, a 25 de Novembro de 1960. As irmãs Mirabal, ativistas políticas na República Dominicana, foram mortas por ordens do ditador Rafael Trujillo

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Protesto na Terra Indígena Canabrava

Escrito por Pastoral Indigenista de Grajaú

O que o delegado nunca disse, o que a Globo/Mirante omitiu


Índios Guajajara

Ele mentiu. Não é nada daquilo que ele disse aos meios de comunicação. Ele foi, na realidade, o principal causador da confusão. Os próprios meios de comunicação, a Globo/Mirante, principalmente, agiram de má fé conosco!’. Assim se expressaram alguns indígenas da Terra Indígena Canabrava ao se referirem ao delegado da Polícia Civil de Barra do Corda, Edmar Gomes Cavalcante, que tentou acabar com o protesto indígena no domingo 7 de novembro.


Membros da Pastoral Indigenista de Grajaú visitaram as aldeias da área e colheram, in loco, vários testemunhos. Todos eles coincidem: o delegado agiu de forma irresponsável. Agrediu os manifestantes e fugiu atirando contra homens, mulheres e crianças das aldeias por onde passava, deixando rastro de medo e sangue em gente que nada tinha a ver com a confusão. Várias instituições pensam em denunciá-lo.

Revisitando as aldeias

Haviam passado poucos dias dos tensos e tumultuados acontecimentos que viram como protagonistas índios Guajajara e um delegado de polícia. Uma equipe da Pastoral Indigenista de Grajaú visitou algumas das aldeias que participaram do bloqueio da BR 226 e outras que optaram em não fazer parte do movimento reivindicatório. Aparentemente tudo havia voltado à normalidade. Nos olhar dos indígenas era visível, contudo, um tênue véu de tristeza e decepção. Ainda não conseguiam entender porque um protesto planejado para ser executado de forma pacífica gerou tanta violência, e indignação em muitas pessoas. Homens e mulheres Guajajara de algumas aldeias haviam combinado que interromperiam a BR 226 na altura da aldeia Barreirinha para chamar a atenção do Governo do Estado que não vinha respeitando um Termo de Ajuste de Conduta que havia assinado em junho, garantindo a normalização do transporte escolar para os seus filhos. Os indígenas haviam acertado desde o início que deixariam passar ambulâncias, polícia e facilitariam aqueles casos que exigissem urgência. Tinham consciência que não deviam ‘forçar a barra’, inclusive porque muitas aldeias da mesma terra indígena não haviam aderido ao movimento. Muitos indígenas haviam sido alertados pelos seus caciques de se manterem longe da aldeia Barreirinha, lugar do bloqueio.


Sangue, dor e humilhação

Muitos indígenas são unânimes em confirmar que se o delegado não tivesse agido de forma truculenta e irresponsável teria havido desfecho bem diferente. Os Guajajara narram que naquele fim de tarde de domingo, 07 de novembro, momentos iniciais da manifestação, já havia alguns caminhões parados ao lado da BR 226, na altura da barreira. Explicavam calmamente o porquê daquela manifestação, e pediam compreensão. E, apesar do transtorno, encontraram compreensão por parte dos transeuntes barrados. Afinal, nenhum deles vinha sofrendo algum tipo de violência. Improvisamente, porém, aparece uma moto. O motoqueiro desce, tira rapidamente o seu capacete e visivelmente irritado pergunta: ’Que molecagem é essa?’ Identificou-se como delegado de polícia e indicou que estava armado. Era, de fato, o delegado da Polícia Civil de Barra do Corda, Edmar Gomes Cavalcante que vinha de Grajaú, após dar plantão naquela delegacia daquela cidade. Os indígenas iam deixá-lo passar, mas ele insistiu que parassem imediatamente com o movimento e liberassem a rodovia para todos. Os manifestantes indígenas pediram para ele não interferir. Nesse bate-boca ele sacou improvisamente a arma. Os indígenas não se intimidaram e partiram para cima dele para desarmá-lo. Um deles se aproximou ameaçando-o com uma faca de cozinha, e no enfrentamento lhe cortou parte do dedo da mão esquerda. O delegado, enfurecido, começou a atirar em direção aos indígenas. Acertou logo quatro deles, três que estavam mais próximos, e outro um pouco mais distante. Foi quando um índio correu para buscar uma espingarda, pois ninguém deles tinha arma de fogo. Voltou rapidamente, atirou atingindo levemente o policial. A confusão se agigantou. O policial aproveitou do momento em que os índios socorriam os seus feridos para fugir correndo a pés pela rodovia em direção a Grajaú. O delegado, visivelmente transtornado e enraivecido, segurando o seu revólver na mão direita atirava em direção das casas das aldeias que ficam do lado esquerdo da BR. Alguns indígenas correram ainda ao seu encalço, mas após algumas centenas de metros desistiram. Ele continuava atirando e amedrontando crianças, mulheres e idosos. Foi justamente na aldeia Nova Barreirinha que fica a menos de um quilômetro da barreira, que o delegado atingiu com um tiro o adolescente Hagair Cabral Sá Santos Guajajara, de 15 anos, ferindo-o no pescoço. O adolescente estava no quintal de sua casa, aproximadamente a 150 metros da estrada. O jovem Guajajara é mudo de nascença e tem graves problemas de coordenação motora, o que exige que a mãe dele, Marilene Cabral Guajajara, seja ela a alimentá-lo. O policial em sua atitude tresloucada continuava a atirar, até chegar à aldeia Boa Vista que fica a um quilômetro e duzentos metros da barreira. Aqui pediu socorro a um caminhoneiro que vinha de Grajaú e dirigia um caminhão de cor branca, sem carroceria. A manobra do caminhoneiro foi tão brusca que destruiu parte da cerca de uma residência indígena. Soube-se, posteriormente, pela Mirante/Globo que o delegado foi bem assistido em Imperatriz, o que não ocorreu com os feridos indígenas. Todos eles, inclusive os seus acompanhantes, ao chegarem ao Hospital Acrísio Figueira em Barra do Corda foram sumariamente presos. Uns e outros foram muito maltratados pelos policiais locais. Além da dor, a humilhação da cadeia e do deboche racista.
‘Esta é a verdade dos fatos, não a da Globo!’

Papel decisivo teve, mais uma vez, a rede Globo através da sua filial Mirante. Um verdadeiro show de manipulação e distorção dos acontecimentos que envolve indígenas da Terra Indígena Canabrava, produzindo revolta, indignação e raiva em muitos setores da sociedade. Tudo se concentrou na intransigência indígena e no ‘indefeso delegado’ que para se defender teve que usar a violência. Só faltava dizer contra a sua vontade! De forma criminosa a Globo lançou mão de imagens de março deste ano em que, de fato, na mesma terra indígena havia sido apreendida uma arma e um saquinho de moedas fruto dos numerosos pedágios indígenas. Associou isso aos acontecimentos recentes com o intuito de agravar os indígenas e dar mais ‘munição’ a muitos dos seus já incautos e preconceituosos ouvintes. A Glogo/Mirante não podia certamente fazer publicidade da falta de respeito do Governo Estadual para com as comunidades indígenas locais, que foi o que provocou o protesto. Afinal, os dois se confundem. Quem irá repor a verdade dos fatos quando por dias seguidos foi vendida uma determinada versão dos fatos? Quem irá exigir responsabilidade social a meios de comunicação que criminalizam qualquer movimento indígena? Alguém irá investigar a atuação do delegado despreparado por tentativa múltipla de homicídio? A dona Marilene, mãe do adolescente covardemente ferido pelo delegado, lembra ainda hoje com as lágrimas nos olhos: ’Meu filho escapou por pouco. Quem vai fazer justiça e punir, agora, aquele irresponsável que atentou à vida de meu filho aqui, dentro da minha casa? Esta que é a verdade dos fatos, não a da Globo!’

Fonte: http://www.ecooos.org

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Movimentos fazem articulação contra despejos no Maranhão

Reynaldo Costa
Da Página do MST

Imagem: Google imagem
Dados oficiais indicam que mais de 500 mil famílias maranhenses não possuem moradia adequada, configurando o Estado do Maranhão como o maior déficit habitacional do Brasil.

A situação no campo é tão ruim quanto nas cidades. Apesar da metade da população maranhense viver em áreas rurais, quase 50 % não tem o acesso a terra, mesmo com a extensão das áreas devolutas ou da União.
Além disso, a maioria dos posseiros não tem documentação, enquanto empresas e latifundiários junto ao Estado vem tomando terras e expulsando essas famílias.
Segundo os dados do IBGE de 2006, eram maranhenses 43% dos migrantes que se deslocaram para o Pará, 27% dos que foram para Roraima, 26% para o Tocantins e 14% dos que se deslocaram para o Amapá. Motivo: expulsão de suas terras.
Outra situação é o numero de conflitos no campo. Relatório da CPT aponta que até o início de outubro, o Maranhão ultrapassou o Pará em número de conflitos fundiários. São hoje 196 conflitos, que ameaçam milhares de famílias de trabalhadores rurais sem-terra.

Diante da situação, movimentos sociais e entidades de diversas bandeiras de luta se unem para criar o “Dia Estadual de Combate aos Despejos Forçados” e a Relatoria Estadual sobre os Conflitos Fundiários no Campo e na Cidade.

A iniciativa surgiu a partir de um despejo forçado de 44 famílias, em novembro de 2009, em Paço do Lumiar (hoje comunidade Menino Gabriel).
De lá pra cá, um conjunto de entidades e movimentos sociais vem se articulando para enfrentar os constantes despejos forçados no campo e nas cidades. O objetivo é inserir definitivamente a grave situação fundiária no Maranhão na pauta política.
Para isso, um conjunto de atividades voltadas para o lançamento da “Relatoria Estadual sobre os Conflitos Fundiários no Campo e nas Cidades” e do “Dia Estadual de Combate aos Despejos Forçados” serão realizados.
A programação de lançamento do relatório acontecerá de 16 a 19 de novembro em São Luis.
Entre as atividades, está prevista uma reunião com o Relator Nacional do Direito às Cidades da Plataforma DHESCA, Prof. Dr. Orlando Jr (UFRJ) e visitas a comunidades ameaçadas de despejos forçados.

No dia 18, será o lançamento do Dia Estadual de Combate aos Despejos Forçados e da Relatoria Estadual sobre os Conflitos Fundiários Urbanos e Rurais

No encerramento das atividades, no dia 19, será realizada a Marcha da Periferia

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Reivindicações do Povo Guajajara resulta em confronto na Terra Indígena Canabrava (MA)

Desde a última quinta-feira (4), circulavam informações nas emissoras de rádio em Barra do Corda (MA), de que indígenas do Povo Guajajara, que vivem às margens da BR 226, estariam ameaçando interditar a rodovia como protesto pelo não recebimento do valor destinado ao transporte e merenda escolar indígena. O valor em questão deveria ter sido pago em junho deste ano, quando o governo do Maranhão assinou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), contudo não honrou o compromisso.
Por volta das 17h de ontem (7), os indígenas iniciaram o protesto e bloquearam parte da BR 226. Durante o bloqueio, o delegado regional de Barra do Corda, Edmar Cavalcanti, que durante o final de semana havia prestado serviço na delegacia da Polícia Civil em Grajaú, retornava para Barra do Corda. Cavalcanti, que viaja sozinho, conduzia uma motocicleta e estava à paisana. De acordo com relatos, ao chegar ao local do protesto, ele tentou convencer os indígenas para que o deixassem passar.
De acordo com o delegado, o grupo não permitiu sua passagem e deu início a uma série de agressões. Cavalcanti teve ferimentos na mão esquerda e parte de um dedo decepado. Segundo ele, após sofrer tais agressões sacou o revolver e começou a atirar na direção dos indígenas. Vários indígenas ficaram feridos e revidaram com tiros de espingarda, dos quais alguns projéteis atingiram Cavalcanti.
No momento do conflito, dois caminhoneiros que seguiam de Grajaú para Barra do Corda, se aproximaram do grupo. De acordo com relatos, eles perceberam a situação, manobraram o caminhão e prestaram socorro ao delegado, levando-o de volta a Grajaú, aonde recebeu os primeiros atendimentos médicos. Na madrugada de hoje, Cavalcanti foi transferido para o Hospital São Rafael, em Imperatriz.


Versões

Um detalhe chama a atenção: na versão do delegado, foram os indígenas que iniciaram o confronto, ferindo-lhe a mão onde um dedo foi decepado... Uma versão estranha, pois o corte teria sido “a causa justa” que fez com que o policial sacasse sua arma e atirasse contra os indígenas. E na delegacia de Grajaú os policiais informaram que fora o próprio delegado que contou que os indígenas usaram arma de fogo depois que ele já havia atirado nos indígenas.
Não se sabe como nem quem socorreu os indígenas, que além de feridos estão presos. Segundo Erismar Timbira, membro da Equipe de Coordenação Técnica da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Barra do Corda, dois indígenas foram presos e levados à delegacia da cidade. Na manhã de hoje, um deles foi liberado. O outro continua preso, porém com um grave ferimento na perna provocado pelas balas deferidas pelo policial. É urgente que ele receba atendimento médico necessário para não vir a perder a perna. Três indígenas, em estado mais grave, foram presos e levados, em seguida, para o Socorrão de Presidente Dutra, dois em estado grave.
Erismar Timbira informou também que os indígenas não procuraram a Funai para comunicar sua intenção e nem buscaram acercarem-se de algumas medidas de segurança. Contudo, ao saberem da intenção dos indígenas, de forma não oficial, tentaram convencê-los a buscar outra solução indo até São Luis para negociarem diretamente com os órgãos estaduais.
No momento, a rodovia naquela área continua sem movimentação de veículos. No entanto, não se sabe se está interditada pelos indígenas, ou se são os viajantes que estão cautelosos e inseguros de trafegarem pelo local após o conflito.
Este estado de coisas acontece exatamente após as eleições, quando a governadora Roseana Sarney anuncia o corte dos gastos e alega não ter dinheiro para honrar seu compromisso com os indígenas. Mais uma vez a governadora mostra para que veio. Enquanto isso recai sobre os indígenas, em mais este triste episódio, as conseqüências: críticas infundadas da mídia regional, não contextualizando os fatos e acirrando o ódio da sociedade não índia, pois omite o real motivo do protesto dos indígenas.

Terra Indígena

A Terra Indígena Cana Brava, mais especificamente o trecho dos 22 km que passa por dentro da terra, tem sido nos últimos anos palco de conflitos entre indígenas e não indígenas. O certo é que a gravidade e conseqüência dos mesmos chamam a atenção. Na maioria dos conflitos ali ocorridos são os indígenas as maiores vitimas, feridos e assassinados.
Mais de oito mil indígenas Guajajara moram na terra indígena Canabrava. A MA 226 foi construída na década de 40 e corta a terra ao meio, sentido Peritoró a Porto Franco ou Barra do Corda a Grajaú.

Com informações de Ana Lucia Corbani Pastoral Indigenista Grajaú/MA
fonte: Cimi Regional Maranhão

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Trem da Vale faz mais uma vítima em assentamento no Pará

Por João Márcio
Da Página do MST
Foto : Philippe Revelli
 Joaquim Madeira, de 74 anos, foi morto na manhã desta sexta-feira (29/10) na Ferrovia de Ferro Carajás, sob concessão da Vale, na altura do assentamento Palmares, do MST, atropelado pelo tem da mineradora. O idoso já havia perdido o filho, Juari Madeira, na mesma circunstância e local há oito anos.
Neste momento, os assentados interditam a ferrovia em protesto contra mais uma morte no corredor de Carajás, que corta municípios dos estados do Pará e Maranhão, sendo o principal meio de escoamento do minério extraído da Serra dos Carajás, no Pará.
Segundo a organização Justiça nos Trilhos, a Vale é responsável por uma série de atropelamentos ferroviários. Em 2007 foram contabilizados 23 mortos, em 2008, foram registradas nove mortes e nada menos do que 2860 acidentes.
Essa é a segunda vez que a ferrovia é interditada pelos moradores do assentamento. A primeira ocorreu em 2007 por aproximadamente um mês para pressionar a Vale a cumprir seus deveres sociais perante a comunidade

Fonte: http://www.mst.org.br/inicial

domingo, 24 de outubro de 2010

Campanha Justiça nos Trilhos Realiza Seminário na cidade de Buriticupu-MA

Por Érica Souza - Jupaz

Imagem: Marcelo Cruz
A campanha Justiça nos Trilhos realizou nesse ultimo dia 23 de outubro um seminário na cidade de Buriticupu -MA, juntos com alunos do IFMA , acadêmicos de serviço social, moradores da cidade e coordenadores dos movimentos sociais de Buriticupu. Todos ali tiveram um estudo crítico sobre a Vale e os impactos que ela causa para moradores que vivem ao redor do corredor de Carajás e ao Meio Ambiente. Miséria, fome e destruição ambiental é o que encontramos em cidades e povoados que vivem próximas da estrada de ferro da Vale, uma das maiores e mas ricas empresas de minério do mundo.

O seminário terminou com apresentação do espetáculo “QUE TREM É ESSE ?” uma peça teatral que retrata a vida das pessoas que vivem ao longo do corredor de Carajás, com um olhar critico e artístico, nós fazem pensar que modelo é esse de desenvolvimento que desrespeita a própria vida e o meio-ambiente?

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Reflexão Política (Part.II) : Para Refletir o Uso do Bom Senso

Nessa Reflexão proponho o artigo do Pe. Otto Dona

Imagem Marcelo Cruz
Brasileiros e brasileiras! O capeta está solto! Empunhemos nossos terços e Bíblias e até Alcorões, se os houver! Herodes brande a espada afiada contra as criancinhas do Brasil! Ergamos a fogueira! Queimemos os hereges! O aborto e os gays estão espreitando pela janela! Gente do céu! Que tiririquice! Que babaquice mais que medieval. Que onda inquisitorial graçando em pleno século XXI. A caça às bruxas. O extermínio dos veados. Cruz, credo! Xô Satanás! Estamos apenas tentando eleger um Presidente para o Brasil. Estamos discutindo propostas e projetos para uma boa administração do Brasil. Aborto, gueisismo, pílula, camisinha não é prioridade do momento. O processo eleitoral corria tranquilo, dentro dos princípios democráticos: discute-aqui- denucia-ali, promete-isso, condena-aquilo, tudo numa boa. De repente a serenidade é detonada por uma horda de aiatolás, talibãs, mulás, numa gritaria ensurdecedora contra os que ameaçam o poder do Altíssimo.

Alguns vestidos de batina (ainda!), outros de mitra e báculo, outros de terno e gravata ostentando Bíblias, todos ecumenicamente de dedo em riste acusador: "ela é a favor do aborto, ele apóia o casamento homem-com-homem, mulher-com-mulher, os dois defendem a distribuição de camisinhas até para as crianças da escola. Deus do céu! Que atraso! Que tiririquice! Pra começar, arbitrar sobre aborto e formas de casamento é da competência do Congresso Nacional e não do Presidente da República, que apenas sanciona ou veta a disposição do Congresso. Além do mais, aborto e casamento gay nem estão em pauta de discussão, hoje.
Mais importante e pertinente agora é ouvir dos candidatos suas propostas e projetos concretos quanto à saúde, educação de qualidade, distribuição de renda, segurança da população, criação de empregos, formas de apropriação ou não do Estado, relações diplomáticas e econômicas com outros países, transporte, saneamento básico, liberdade de imprensa, desenvolvimento do país, programas sociais, etc., etc. E mais: estamos num país democrático, regido por uma Constituição Civil e não pelas tábuas da lei de Moisés. É um país democrático e laico e não teocrático, apesar de supostamente religioso. Sua capital é Brasília e não o Vaticano, nem a Canção Nova, nem a sede da Assembléia de Deus, nem a CNBB. Tentar manipular a consciência do eleitor, ameaçando-o com a ira de Deus é injuriar o próprio Deus que nos criou livres. O dia em que o povo tiver que consultar um aiatolá de plantão tipo Pastor Silas Malafaia, ou um Padre José Augusto (Canção Nova) para votar, é melhor rasgar o título de eleitor e o estatuto da maioridade civil. O que vem se praticando em meios religiosos no momento, é o aborto da eleição, da democracia, da Constituição e do bom senso. Xô Satanás!


Padre Otto Dana – Pároco da Igreja Sant´Ana em Rio Claro SP

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Movimento Xingu Vivo para Sempre Lança seu Site

Banco de Imagens Xingu Vivo para Sempre - Crédito: Verena Glass

Xingu Vivo para Sempre lança seu site, vocês encontrarão notícias sobre o movimento em defesa do Xingu , documentos, vídeos, imagens...


Xingu, um símbolo da diversidade biológica e cultural brasileira
Se construída, Belo Monte, a terceira maior hidrelétrica do mundo, vai deslocar mais de 30 mil indígenas, ribeirinhos e agricultores. E operaria durante 8 meses do ano somente com 39% de sua potencialidade.


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Povos indígenas realizam encontro de espiritualidade indígena

Entre os dias 5 e 7 de outubro foi realizado em Vilhena (RO) o encontro de espiritualidade indígena com o tema: “Nossa Cultura, fonte de nossa resistência”. O evento reuniu indígenas de diferentes povos como os Mamaindê, Nambikwara, Tawandê, Sabanê, Lacundê, Aikanã, Kwazá, Tupari, Wasusu, Terena e Manairisu.


Veja abaixo o documento final emitido ao final da reunião:

Documento Final do Encontro de Espiritualidade Indígena
Nós, líderes espirituais dos povos Mamaindê, Nambikwara, Tawandê, Sabanê, Lacundê, Aikanã, Kwazá, Tupari, Wasusu, Terena e Manairisu, reunidos entre os dias 5 e 7 de outubro de 2010, no Centro de formação Piraculino, Vilhena – Rondônia, estivemos refletindo sobre “Nossa Cultura, fonte de nossa resistência”.
A terra é vida e é sagrada para nosso povo, é como o ar que respiramos, e a água é como o sangue da mãe terra. Vamos resistir e continuar com nossas danças, histórias, cantos e festas tradicionais de nossas culturas. Reafirmamos o compromisso de repassar para as gerações futuras a nossa língua e nossas tradições, fortalecendo a força espiritual dos pajés e valorizando a medicina tradicional e a escrita da nossa língua, porque a língua materna é nossa arma de luta, é nosso documento.

Manifestamos nossa preocupação quanto:

* As terras sagradas, que ficaram fora da terra demarcada, é lá que habitam os espíritos dos antepassados.

* As invasões de nossos territórios por: madeireiros, plantadores de soja, linhão, hidrelétricas que causam o desmatamento, pescadores que roubam os nossos peixes e outros.

*Os mais jovens que já não querem participar das danças, festas e rituais antigos.

Todas estas preocupações já foram previstas pelos pajés, que com ajuda dos espíritos, nos falaram desses acontecimentos.
Com isso reafirmamos que nossa cultura é verdade, o que hoje sabemos da nossa cultura, foi repassado pelos mais velhos, que são nossa historia viva. Vamos continuar acreditando na força espiritual dos pajés, teremos a proteção dos espíritos, para resistir com a nossa cultura e nossa espiritualidade.

Vilhena, 7 de Outubro de 2010                          fonte: Cimi Regional Rondônia

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Sul do PA: fazendeiro e pistoleiros atacam sem terra

FAZENDEIRO E PISTOLEIROS DESPEJAM PELA SEGUNDA VEZ 29 FAMÍLIAS DO ASSENTAMENTO COLONIA VERDE BRASILEIRA, EM SANTANA DO ARAGUAIA, SUL DO PARÁ
No dia 02 de outubro, pela segunda vez, o fazendeiro João Moreira, acompanhado de um genro e de duas camionetes com cerca de 10 pistoleiros fortemente armados chegaram ao Acampamento “Pé da Serra”, no PA Colônia Verde Brasileira, ocupado ilegalmente pelo referido fazendeiro. As famílias – que haviam sido expulsas pelos pistoleiros em 03 de agosto – estavam novamente acampadas:

- Os pistoleiros atiraram contra as famílias, que fugiram apavoradas pela mata.

- José Jorge Santos, pai de duas crianças foi baleado na perna e teve que ser internado.

- O acampado José dos Santos Cristalino da Silva, deficiente físico e pai de 4 crianças, foi brutalmente jogado no chão e pisaram no seu peito.

- A senhora Doraci levou um tapa no rosto e caiu no chão.

- Detiveram o Sr. Paulo Cesar Costa Maia, sob a alegação de que o mesmo havia denunciado o fazendeiro João Moreira, numa referencia à Representação assinada pelo trabalhador e protocolada no Ministério Público. Ele foi entregue para a policia e ficou detido durante 02 dias.

Diante disso, mais uma vez, exigimos:
- a apuração dos crimes do fazendeiro João Moreira;
- a máxima agilização do processo de retomada da área pelo INCRA, a fim de evitar novas tragédias;

Xinguara-PA, 07 de outubro de 2010.

Nádia Pinho da Silva Brito
Junta Diretora do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santana do Araguaia

Frei Henri Burin des Roziers
Advogado da Comissão Pastoral da Terra de Xinguara

http://rogerioalmeidafuro.blogspot.com/

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Primeira Jornada de Luta da Infância e Juventude do Campo da Regional de Açalândia - MST - MA


No dia 11 de outubro, as crianças e jovem do MST de Açailânida, saíram em manifesto da praça da Bíblia pelas ruas da cidade até a praça do Pioneiro, com cartazes e grito de ordem reivindicando seus direitos a uma educação melhor e de qualidade no campo.



CARTA DE MANIFESTO DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DO CAMPO AO POVO MARANHESSE.

Regional de Açailândia, 11 de outubro de 2010

Somos Jovens e Crianças, filhos e filhas de trabalhadores rurais que sonham com um mundo melhor para o campo e para cidade. Onde quem vive no meio rural não seja discriminado e o campo seja visto como um lugar de pessoas capacitadas, seres humanos com direitos e deveres a serem respeitados.



Manifestamos nossa profunda indignação diante da miséria e injustiças que acontecem em nosso país. Como o aumento da poluição do nosso meio-ambiente, a morte das nosso matas para plantar eucalipto, a ameaça aos nossos rios e nossa água pela ganância de quem tem poder, as nossas crianças de 7,11,15 anos que trabalham de sol a sol porque são muitos pobres, têm que trabalhar ao investe de freqüentarem a escola, as pessoas que são vitimas do trabalho escravo, os que moram em barrocos de plásticos, casas de imbaúba, as mulheres que trabalham o dia inteiro na roça voltam ainda vão cuidar de tudo na casa, os jovens que trabalham o dia inteiro e a noite vão a escola sem jantar porque lhes falta comida. Nós, jovens e crianças do campo nos manifestamos contra a negação dos direitos e a todas as formas de desrespeito a qualquer pessoa.


Nós, crianças e jovens percebemos que nosso país tem dois lados: um lado que destrói nossa nação e aumenta e exclusão social e do outro lado está às trabalhadoras e trabalhadores organizados que construírem um novo projeto. Nós jovens e crianças do campo somos construtores de um projeto dos trabalhadores e nossa força está a serviço de uma mundo justo.



Na condição de jovens e crianças estudantes das escolas do campo exigimos direitos iguais: na educação, saúde, moradia, alimentação, esporte. Lazer, cultura. Ou seja, em todas as necessidades básicas que os seres humanos necessitam. Lutamos por uma escola publica de qualidade que o Brasil acabe com o analfabetismo. Compreendemos que a educação sozinha não resolve os problemas da juventude, pelos representantes que governam nosso país.

Reivindicamos novas condições para que possamos morar no campo com dignidade e não ter que voltar para cidade. Estamos nos esforçando para ter a comunidade que sonhamos. Lutamos junto ao MST pelo poder popular e pela justiça em nosso país.



Reivindicação urgente

1 – Realizar ainda este ano um levantamento das necessidades especificas de cada escola.

2 – Construir e implantar o Ensino Médio no e do Campo nas comunidades do município onde existir demanda e em todas abrangência da gerencias Regional.

3- Aspectos estruturais: construção, estruturação e ampliação física das escolas. Contemplando espaços de refeitório, muros, auditórios e laboratórios. Aquisição de bebedouros, ventiladores, vasillhame padrão para coleta de lixo, carteiras, quadros brancos a pincel, estruturação adequada das cozinhas, secretarias e salas de educação infantil.


4- Aspectos pedagógicos: aquisição de bibliotecas, laboratórios de informática e merenda escolar, aquisição de equipamentos didáticos com: aparelhos de som, aparelhos de DVD, ciências, livros didáticos para todos os segmentos, formação inicial e continuada de educadores, implantação da modalidade de EJA em todas as escolas, reconhecimento e regularização das escolas, garantia e melhoria da data show.



5- Saúdem cultura, lazer e proteção: estruturação e apoio a escola que já desenvolvem experiências produtivas, implantação de agroindústrias nas comunidades para beneficiar a produção, gerar emprego e renda para juventude, construção de espaços de esporte e lazer como: quadras poliesportivas, parque infantil alternativos, políticas de incentivo as manifestações e criações artísticas existentes, construir e/ou estruturar os posto de saúde existente com atendimento médico, dentário e com ambulância para emergências.

domingo, 10 de outubro de 2010

Entrevista com Alfredo Wagner

Segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), o envolvimento de comunidades tradicionais em conflitos sociais no campo aumentou consideravelmente no último ano, chegando a representar cerca de um quarto do total dos conflitos registrados. Em entrevista à CPT NE II, o pesquisador e professor da Universidade Federal do Amazonas, Alfredo Wagner*, aprofunda a análise sobre esta nova configuração dos conflitos no campo e ressalta a importância do debate do território, considerando-o como elemento central da questão agrária brasileira. Para o pesquisador, “Está em jogo uma ideia de que os conflitos hoje não são só conflitos agrários stricto sensu, são conflitos sociais no campo que têm uma dimensão cultural, identitária e étnica.” Confira a entrevista em cedefes

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Suas canções vive até hoje

Jhon Lennon - imagem google

Jhon Lennon faria hoje 70 anos se tivesse vivo.


Aqui minha homenagem a esse grande músico da história, suas canções fizeram e fazem parte da vida de muita gente. Minha paixão por música começou quando ouvir Beatles pela primeiras vez, aqueles 4 de rapaz de Liverpool. Suas letras e riffs da guitarra de George Harrison me encantaram a primeira vista.
As músicas de Lennon embalam até hoje alguns momentos de minha vida, como trilha sonora nos momentos de alegria, romances, solidão e protestos.
Freqüentemente Lennon é apontado como a cabeça pensante dos Beatles e o mais preocupado com as questões sociais de seu tempo.
Com o fim dos Beatles, Lennon continuou carreira solo, com a participação de Yoko. Lançou, entre outros, "Plastic Ono Band" (1970), "Imagine" (1971), "Mind Games" (1973), "Walls and Bridges" (1974), "Rock 'N' Roll" e "Shaved Fish" (1975). Em 1975 interrompeu a carreira para se dedicar à família após o nascimento do filho Sean Lennon. Voltou ao estúdios em 1980 e lançou "Double Fantasy", seu último disco. Em 1982 ganhou postumamente o Grammy por "Double Fantasy". E também postumamente é lançado, entre outros, "Milk and Honey" (1984), "Live in New York City" (1986, gravado em 1972), "Rock 'N'Roll and Walls and Bridges"(1986), "Acoustic" (2004).

Lennon travou batalha jurídica com o Departamento de Imigração norte-americano, desde 1971 quando se mudou para Nova York, e radicalizou seu discursos e sua luta pela paz. Tornou-se amigo de ativistas de esquerda como Jerry Rubin e Abbie Hoffman, além de se aproximar de lideranças dos Panteras Negras. A administração Nixon tentou deportá-lo, mas em 1972 ele conseguiu o visto de permanência. Estava no índice das pessoas investigadas pelo FBI, fato só admitido após a sua morte.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Reflexão Política: 2º Turno

O povo brasileiro escolheu alguns de seus representantes políticos no dia 3 de Outubro. Para alguns estados a disputa para o governo continua no 2º turno, será que o povo anda meio dividido sem saber em quem confiar?
Para a presidência também ficou a confiança em uns e outros não. Fica para o 2º turno a presidência do país. Vivo agora um tal dilema, em quem votar desses dois candidatos se não escolhi eles no meu primeiro voto? Como participar desse momento democrático se não apoio as idéias políticas de nem um desses dois candidatos? Perde-se pra mim o sentindo da democracia e do voto consciente? Se estou aqui a refletir com meu dilema é porque fui parte da minoria que votaram nos outros candidatos.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Tambor de Crioula é Registrado como Patrimônio Imaterial Nacional



Um som de Liberdade !


Ao som do batuque dos tambores os negros escravizados cantavam e dançavam o som de um desejo de liberdade.
O tambor de crioula, dança afro-brasileira encontrada no Estado do Maranhão e praticada sobre tudo por descendentes de africanos. As mulheres com suas saias coloridas dançam ao som do tambor em forma de circulo. Um de seus traços distintivos é a Punga ou Pungada, (a umbigada). Tambor de Crioula é o décimo primeiro bem cultural de natureza imaterial inscrito em um dos quatro Livros de Registro do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial. Já haviam sido registrados: Ofício das Paneleiras de Goiabeiras (ES), Arte Kusiwa dos Wajãpi (AP), Círio de Nazaré (PA), Samba de Roda no Recôncavo Baiano (BA), Viola-de-Cocho (MT/MS), Ofício das Baianas de Acarajé (BA), Jongo no Sudeste (RJ), Cachoeira de Iauaretê (AM), Feira de Caruaru (PE) e Frevo (PE).

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Os guarani e a luta pela terra

Política de “enrolação” não define o problema da distribuição desigual de terras no Brasil e só agrava a situação de miséria e exclusão dos índios, pontua Egon Heck. Estratégias fantasiosas foram desenvolvidas para colocar a população contra os povos indígenas. Leia mas no cimi

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Erros e acertos no corredor de Carajás

Autor do texto:
Comunidades de Açailândia - Maranhão

Nossas casas estão construídas numa área onde o progresso está querendo chegar com tudo. Erramos, desculpem, não queríamos tirar espaço às empresas. Digam-nos quando é que precisam de nossa terra e a gente vá embora...
A ferrovia do desenvolvimento atravessa nossos povoados escoando minério para vender no exterior e fazer crescer nosso Brasil. Às vezes a gente atravessa os trilhos e alguém de nós fica sendo atropelado pelo trem. Erramos, desculpem, não queríamos atrasar os negócios. De vez em quando, alguém de nós pergunta-se se é justo que o lucro fique acima da vida e da dignidade. Erramos, desculpem, não queríamos dar a impressão de um discurso anticapitalista: afinal precisamos de trabalho, a qualquer condição.
Muita gente chama à atenção por causa desses nossos erros. Chegamos ao limite de pensar que nós mesmos somos errados e que nossa maior falha, afinal, seja existir.
Ponte do Trem da Vale, Piquiá de Baixo
Na verdade, conversando entre nós, damo-nos conta de que alguns erros a gente tem feito sim: levantamos a voz tarde demais, mas ainda há tempo de fazer valer nossas razões.
Às vezes na luta cansamos, pois os resultados demoram, mas ainda há garra. Custamos a unir nossas resistências ao longo dos trilhos do desenvolvimento, mas a rede está se fortalecendo.
Os primeiros acertos começam a aparecer: no Piquiá de Baixo (MA), após anos de protesto silenciado, nossas trezentos famílias estão reunindo empresas, instituições, mídia e administração pública para negociar um tratamento digno às vítimas do progresso e da poluição. Em Ourilândia (PA) a pauta de negociação entre movimentos sociais, Vale e INCRA avançou muito, criando precedentes interessantes para defender os direitos dos assentados, garantir indenizações dignas e condições para recomeçar a vida, apesar dos impactos das empresas.

Podemos errar, mas nunca somos errados, quando clamamos que esse bendito desenvolvimento (na boca de todos agora que precisam de votos) não atropele nossas vidas!

CNBB condena violência contra os Guarani-Kaiowá no MS

Do Boletim da CNBB

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou, na tarde desta quarta-feira, 22, uma nota pedindo a demarcação das terras do povo Guarani-Kaiowá, no Mato Grosso do Sul. A CNBB repudiou a violência que os indígenas têm sofrido, especialmente nas comunidades Y’poí, no município de Paranhos, e Ita’y Ka’aguyrusu, em Douradina.
“São ataques a mão armada numa brutal intimidação aos habitantes dessas comunidades que se veem não só cerceadas no seu direito de ir e vir como também privadas de bens essenciais à vida como água, comida, educação e saúde”, diz a nota. leia mas no mst

sábado, 2 de outubro de 2010

Ganância e cumplicidade matam 13 trabalhadores no Pará

A coordenação Nacional da CPT, chocada com uma chacina de grande proporções no
Assentamento Rio Cururuí, município de Parajá, PA, chama a atenção da sociedade brasileira
para o clima de violência na região e responsabiliza as autoridades por novos massacres que
possam ocorrer caso providências efetivas não forem tomadas... leia mas no CIMI