sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Trem da Vale faz mais uma vítima em assentamento no Pará

Por João Márcio
Da Página do MST
Foto : Philippe Revelli
 Joaquim Madeira, de 74 anos, foi morto na manhã desta sexta-feira (29/10) na Ferrovia de Ferro Carajás, sob concessão da Vale, na altura do assentamento Palmares, do MST, atropelado pelo tem da mineradora. O idoso já havia perdido o filho, Juari Madeira, na mesma circunstância e local há oito anos.
Neste momento, os assentados interditam a ferrovia em protesto contra mais uma morte no corredor de Carajás, que corta municípios dos estados do Pará e Maranhão, sendo o principal meio de escoamento do minério extraído da Serra dos Carajás, no Pará.
Segundo a organização Justiça nos Trilhos, a Vale é responsável por uma série de atropelamentos ferroviários. Em 2007 foram contabilizados 23 mortos, em 2008, foram registradas nove mortes e nada menos do que 2860 acidentes.
Essa é a segunda vez que a ferrovia é interditada pelos moradores do assentamento. A primeira ocorreu em 2007 por aproximadamente um mês para pressionar a Vale a cumprir seus deveres sociais perante a comunidade

Fonte: http://www.mst.org.br/inicial

domingo, 24 de outubro de 2010

Campanha Justiça nos Trilhos Realiza Seminário na cidade de Buriticupu-MA

Por Érica Souza - Jupaz

Imagem: Marcelo Cruz
A campanha Justiça nos Trilhos realizou nesse ultimo dia 23 de outubro um seminário na cidade de Buriticupu -MA, juntos com alunos do IFMA , acadêmicos de serviço social, moradores da cidade e coordenadores dos movimentos sociais de Buriticupu. Todos ali tiveram um estudo crítico sobre a Vale e os impactos que ela causa para moradores que vivem ao redor do corredor de Carajás e ao Meio Ambiente. Miséria, fome e destruição ambiental é o que encontramos em cidades e povoados que vivem próximas da estrada de ferro da Vale, uma das maiores e mas ricas empresas de minério do mundo.

O seminário terminou com apresentação do espetáculo “QUE TREM É ESSE ?” uma peça teatral que retrata a vida das pessoas que vivem ao longo do corredor de Carajás, com um olhar critico e artístico, nós fazem pensar que modelo é esse de desenvolvimento que desrespeita a própria vida e o meio-ambiente?

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Reflexão Política (Part.II) : Para Refletir o Uso do Bom Senso

Nessa Reflexão proponho o artigo do Pe. Otto Dona

Imagem Marcelo Cruz
Brasileiros e brasileiras! O capeta está solto! Empunhemos nossos terços e Bíblias e até Alcorões, se os houver! Herodes brande a espada afiada contra as criancinhas do Brasil! Ergamos a fogueira! Queimemos os hereges! O aborto e os gays estão espreitando pela janela! Gente do céu! Que tiririquice! Que babaquice mais que medieval. Que onda inquisitorial graçando em pleno século XXI. A caça às bruxas. O extermínio dos veados. Cruz, credo! Xô Satanás! Estamos apenas tentando eleger um Presidente para o Brasil. Estamos discutindo propostas e projetos para uma boa administração do Brasil. Aborto, gueisismo, pílula, camisinha não é prioridade do momento. O processo eleitoral corria tranquilo, dentro dos princípios democráticos: discute-aqui- denucia-ali, promete-isso, condena-aquilo, tudo numa boa. De repente a serenidade é detonada por uma horda de aiatolás, talibãs, mulás, numa gritaria ensurdecedora contra os que ameaçam o poder do Altíssimo.

Alguns vestidos de batina (ainda!), outros de mitra e báculo, outros de terno e gravata ostentando Bíblias, todos ecumenicamente de dedo em riste acusador: "ela é a favor do aborto, ele apóia o casamento homem-com-homem, mulher-com-mulher, os dois defendem a distribuição de camisinhas até para as crianças da escola. Deus do céu! Que atraso! Que tiririquice! Pra começar, arbitrar sobre aborto e formas de casamento é da competência do Congresso Nacional e não do Presidente da República, que apenas sanciona ou veta a disposição do Congresso. Além do mais, aborto e casamento gay nem estão em pauta de discussão, hoje.
Mais importante e pertinente agora é ouvir dos candidatos suas propostas e projetos concretos quanto à saúde, educação de qualidade, distribuição de renda, segurança da população, criação de empregos, formas de apropriação ou não do Estado, relações diplomáticas e econômicas com outros países, transporte, saneamento básico, liberdade de imprensa, desenvolvimento do país, programas sociais, etc., etc. E mais: estamos num país democrático, regido por uma Constituição Civil e não pelas tábuas da lei de Moisés. É um país democrático e laico e não teocrático, apesar de supostamente religioso. Sua capital é Brasília e não o Vaticano, nem a Canção Nova, nem a sede da Assembléia de Deus, nem a CNBB. Tentar manipular a consciência do eleitor, ameaçando-o com a ira de Deus é injuriar o próprio Deus que nos criou livres. O dia em que o povo tiver que consultar um aiatolá de plantão tipo Pastor Silas Malafaia, ou um Padre José Augusto (Canção Nova) para votar, é melhor rasgar o título de eleitor e o estatuto da maioridade civil. O que vem se praticando em meios religiosos no momento, é o aborto da eleição, da democracia, da Constituição e do bom senso. Xô Satanás!


Padre Otto Dana – Pároco da Igreja Sant´Ana em Rio Claro SP

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Movimento Xingu Vivo para Sempre Lança seu Site

Banco de Imagens Xingu Vivo para Sempre - Crédito: Verena Glass

Xingu Vivo para Sempre lança seu site, vocês encontrarão notícias sobre o movimento em defesa do Xingu , documentos, vídeos, imagens...


Xingu, um símbolo da diversidade biológica e cultural brasileira
Se construída, Belo Monte, a terceira maior hidrelétrica do mundo, vai deslocar mais de 30 mil indígenas, ribeirinhos e agricultores. E operaria durante 8 meses do ano somente com 39% de sua potencialidade.


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Povos indígenas realizam encontro de espiritualidade indígena

Entre os dias 5 e 7 de outubro foi realizado em Vilhena (RO) o encontro de espiritualidade indígena com o tema: “Nossa Cultura, fonte de nossa resistência”. O evento reuniu indígenas de diferentes povos como os Mamaindê, Nambikwara, Tawandê, Sabanê, Lacundê, Aikanã, Kwazá, Tupari, Wasusu, Terena e Manairisu.


Veja abaixo o documento final emitido ao final da reunião:

Documento Final do Encontro de Espiritualidade Indígena
Nós, líderes espirituais dos povos Mamaindê, Nambikwara, Tawandê, Sabanê, Lacundê, Aikanã, Kwazá, Tupari, Wasusu, Terena e Manairisu, reunidos entre os dias 5 e 7 de outubro de 2010, no Centro de formação Piraculino, Vilhena – Rondônia, estivemos refletindo sobre “Nossa Cultura, fonte de nossa resistência”.
A terra é vida e é sagrada para nosso povo, é como o ar que respiramos, e a água é como o sangue da mãe terra. Vamos resistir e continuar com nossas danças, histórias, cantos e festas tradicionais de nossas culturas. Reafirmamos o compromisso de repassar para as gerações futuras a nossa língua e nossas tradições, fortalecendo a força espiritual dos pajés e valorizando a medicina tradicional e a escrita da nossa língua, porque a língua materna é nossa arma de luta, é nosso documento.

Manifestamos nossa preocupação quanto:

* As terras sagradas, que ficaram fora da terra demarcada, é lá que habitam os espíritos dos antepassados.

* As invasões de nossos territórios por: madeireiros, plantadores de soja, linhão, hidrelétricas que causam o desmatamento, pescadores que roubam os nossos peixes e outros.

*Os mais jovens que já não querem participar das danças, festas e rituais antigos.

Todas estas preocupações já foram previstas pelos pajés, que com ajuda dos espíritos, nos falaram desses acontecimentos.
Com isso reafirmamos que nossa cultura é verdade, o que hoje sabemos da nossa cultura, foi repassado pelos mais velhos, que são nossa historia viva. Vamos continuar acreditando na força espiritual dos pajés, teremos a proteção dos espíritos, para resistir com a nossa cultura e nossa espiritualidade.

Vilhena, 7 de Outubro de 2010                          fonte: Cimi Regional Rondônia

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Sul do PA: fazendeiro e pistoleiros atacam sem terra

FAZENDEIRO E PISTOLEIROS DESPEJAM PELA SEGUNDA VEZ 29 FAMÍLIAS DO ASSENTAMENTO COLONIA VERDE BRASILEIRA, EM SANTANA DO ARAGUAIA, SUL DO PARÁ
No dia 02 de outubro, pela segunda vez, o fazendeiro João Moreira, acompanhado de um genro e de duas camionetes com cerca de 10 pistoleiros fortemente armados chegaram ao Acampamento “Pé da Serra”, no PA Colônia Verde Brasileira, ocupado ilegalmente pelo referido fazendeiro. As famílias – que haviam sido expulsas pelos pistoleiros em 03 de agosto – estavam novamente acampadas:

- Os pistoleiros atiraram contra as famílias, que fugiram apavoradas pela mata.

- José Jorge Santos, pai de duas crianças foi baleado na perna e teve que ser internado.

- O acampado José dos Santos Cristalino da Silva, deficiente físico e pai de 4 crianças, foi brutalmente jogado no chão e pisaram no seu peito.

- A senhora Doraci levou um tapa no rosto e caiu no chão.

- Detiveram o Sr. Paulo Cesar Costa Maia, sob a alegação de que o mesmo havia denunciado o fazendeiro João Moreira, numa referencia à Representação assinada pelo trabalhador e protocolada no Ministério Público. Ele foi entregue para a policia e ficou detido durante 02 dias.

Diante disso, mais uma vez, exigimos:
- a apuração dos crimes do fazendeiro João Moreira;
- a máxima agilização do processo de retomada da área pelo INCRA, a fim de evitar novas tragédias;

Xinguara-PA, 07 de outubro de 2010.

Nádia Pinho da Silva Brito
Junta Diretora do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santana do Araguaia

Frei Henri Burin des Roziers
Advogado da Comissão Pastoral da Terra de Xinguara

http://rogerioalmeidafuro.blogspot.com/

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Primeira Jornada de Luta da Infância e Juventude do Campo da Regional de Açalândia - MST - MA


No dia 11 de outubro, as crianças e jovem do MST de Açailânida, saíram em manifesto da praça da Bíblia pelas ruas da cidade até a praça do Pioneiro, com cartazes e grito de ordem reivindicando seus direitos a uma educação melhor e de qualidade no campo.



CARTA DE MANIFESTO DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DO CAMPO AO POVO MARANHESSE.

Regional de Açailândia, 11 de outubro de 2010

Somos Jovens e Crianças, filhos e filhas de trabalhadores rurais que sonham com um mundo melhor para o campo e para cidade. Onde quem vive no meio rural não seja discriminado e o campo seja visto como um lugar de pessoas capacitadas, seres humanos com direitos e deveres a serem respeitados.



Manifestamos nossa profunda indignação diante da miséria e injustiças que acontecem em nosso país. Como o aumento da poluição do nosso meio-ambiente, a morte das nosso matas para plantar eucalipto, a ameaça aos nossos rios e nossa água pela ganância de quem tem poder, as nossas crianças de 7,11,15 anos que trabalham de sol a sol porque são muitos pobres, têm que trabalhar ao investe de freqüentarem a escola, as pessoas que são vitimas do trabalho escravo, os que moram em barrocos de plásticos, casas de imbaúba, as mulheres que trabalham o dia inteiro na roça voltam ainda vão cuidar de tudo na casa, os jovens que trabalham o dia inteiro e a noite vão a escola sem jantar porque lhes falta comida. Nós, jovens e crianças do campo nos manifestamos contra a negação dos direitos e a todas as formas de desrespeito a qualquer pessoa.


Nós, crianças e jovens percebemos que nosso país tem dois lados: um lado que destrói nossa nação e aumenta e exclusão social e do outro lado está às trabalhadoras e trabalhadores organizados que construírem um novo projeto. Nós jovens e crianças do campo somos construtores de um projeto dos trabalhadores e nossa força está a serviço de uma mundo justo.



Na condição de jovens e crianças estudantes das escolas do campo exigimos direitos iguais: na educação, saúde, moradia, alimentação, esporte. Lazer, cultura. Ou seja, em todas as necessidades básicas que os seres humanos necessitam. Lutamos por uma escola publica de qualidade que o Brasil acabe com o analfabetismo. Compreendemos que a educação sozinha não resolve os problemas da juventude, pelos representantes que governam nosso país.

Reivindicamos novas condições para que possamos morar no campo com dignidade e não ter que voltar para cidade. Estamos nos esforçando para ter a comunidade que sonhamos. Lutamos junto ao MST pelo poder popular e pela justiça em nosso país.



Reivindicação urgente

1 – Realizar ainda este ano um levantamento das necessidades especificas de cada escola.

2 – Construir e implantar o Ensino Médio no e do Campo nas comunidades do município onde existir demanda e em todas abrangência da gerencias Regional.

3- Aspectos estruturais: construção, estruturação e ampliação física das escolas. Contemplando espaços de refeitório, muros, auditórios e laboratórios. Aquisição de bebedouros, ventiladores, vasillhame padrão para coleta de lixo, carteiras, quadros brancos a pincel, estruturação adequada das cozinhas, secretarias e salas de educação infantil.


4- Aspectos pedagógicos: aquisição de bibliotecas, laboratórios de informática e merenda escolar, aquisição de equipamentos didáticos com: aparelhos de som, aparelhos de DVD, ciências, livros didáticos para todos os segmentos, formação inicial e continuada de educadores, implantação da modalidade de EJA em todas as escolas, reconhecimento e regularização das escolas, garantia e melhoria da data show.



5- Saúdem cultura, lazer e proteção: estruturação e apoio a escola que já desenvolvem experiências produtivas, implantação de agroindústrias nas comunidades para beneficiar a produção, gerar emprego e renda para juventude, construção de espaços de esporte e lazer como: quadras poliesportivas, parque infantil alternativos, políticas de incentivo as manifestações e criações artísticas existentes, construir e/ou estruturar os posto de saúde existente com atendimento médico, dentário e com ambulância para emergências.

domingo, 10 de outubro de 2010

Entrevista com Alfredo Wagner

Segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), o envolvimento de comunidades tradicionais em conflitos sociais no campo aumentou consideravelmente no último ano, chegando a representar cerca de um quarto do total dos conflitos registrados. Em entrevista à CPT NE II, o pesquisador e professor da Universidade Federal do Amazonas, Alfredo Wagner*, aprofunda a análise sobre esta nova configuração dos conflitos no campo e ressalta a importância do debate do território, considerando-o como elemento central da questão agrária brasileira. Para o pesquisador, “Está em jogo uma ideia de que os conflitos hoje não são só conflitos agrários stricto sensu, são conflitos sociais no campo que têm uma dimensão cultural, identitária e étnica.” Confira a entrevista em cedefes

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Suas canções vive até hoje

Jhon Lennon - imagem google

Jhon Lennon faria hoje 70 anos se tivesse vivo.


Aqui minha homenagem a esse grande músico da história, suas canções fizeram e fazem parte da vida de muita gente. Minha paixão por música começou quando ouvir Beatles pela primeiras vez, aqueles 4 de rapaz de Liverpool. Suas letras e riffs da guitarra de George Harrison me encantaram a primeira vista.
As músicas de Lennon embalam até hoje alguns momentos de minha vida, como trilha sonora nos momentos de alegria, romances, solidão e protestos.
Freqüentemente Lennon é apontado como a cabeça pensante dos Beatles e o mais preocupado com as questões sociais de seu tempo.
Com o fim dos Beatles, Lennon continuou carreira solo, com a participação de Yoko. Lançou, entre outros, "Plastic Ono Band" (1970), "Imagine" (1971), "Mind Games" (1973), "Walls and Bridges" (1974), "Rock 'N' Roll" e "Shaved Fish" (1975). Em 1975 interrompeu a carreira para se dedicar à família após o nascimento do filho Sean Lennon. Voltou ao estúdios em 1980 e lançou "Double Fantasy", seu último disco. Em 1982 ganhou postumamente o Grammy por "Double Fantasy". E também postumamente é lançado, entre outros, "Milk and Honey" (1984), "Live in New York City" (1986, gravado em 1972), "Rock 'N'Roll and Walls and Bridges"(1986), "Acoustic" (2004).

Lennon travou batalha jurídica com o Departamento de Imigração norte-americano, desde 1971 quando se mudou para Nova York, e radicalizou seu discursos e sua luta pela paz. Tornou-se amigo de ativistas de esquerda como Jerry Rubin e Abbie Hoffman, além de se aproximar de lideranças dos Panteras Negras. A administração Nixon tentou deportá-lo, mas em 1972 ele conseguiu o visto de permanência. Estava no índice das pessoas investigadas pelo FBI, fato só admitido após a sua morte.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Reflexão Política: 2º Turno

O povo brasileiro escolheu alguns de seus representantes políticos no dia 3 de Outubro. Para alguns estados a disputa para o governo continua no 2º turno, será que o povo anda meio dividido sem saber em quem confiar?
Para a presidência também ficou a confiança em uns e outros não. Fica para o 2º turno a presidência do país. Vivo agora um tal dilema, em quem votar desses dois candidatos se não escolhi eles no meu primeiro voto? Como participar desse momento democrático se não apoio as idéias políticas de nem um desses dois candidatos? Perde-se pra mim o sentindo da democracia e do voto consciente? Se estou aqui a refletir com meu dilema é porque fui parte da minoria que votaram nos outros candidatos.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Tambor de Crioula é Registrado como Patrimônio Imaterial Nacional



Um som de Liberdade !


Ao som do batuque dos tambores os negros escravizados cantavam e dançavam o som de um desejo de liberdade.
O tambor de crioula, dança afro-brasileira encontrada no Estado do Maranhão e praticada sobre tudo por descendentes de africanos. As mulheres com suas saias coloridas dançam ao som do tambor em forma de circulo. Um de seus traços distintivos é a Punga ou Pungada, (a umbigada). Tambor de Crioula é o décimo primeiro bem cultural de natureza imaterial inscrito em um dos quatro Livros de Registro do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial. Já haviam sido registrados: Ofício das Paneleiras de Goiabeiras (ES), Arte Kusiwa dos Wajãpi (AP), Círio de Nazaré (PA), Samba de Roda no Recôncavo Baiano (BA), Viola-de-Cocho (MT/MS), Ofício das Baianas de Acarajé (BA), Jongo no Sudeste (RJ), Cachoeira de Iauaretê (AM), Feira de Caruaru (PE) e Frevo (PE).

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Os guarani e a luta pela terra

Política de “enrolação” não define o problema da distribuição desigual de terras no Brasil e só agrava a situação de miséria e exclusão dos índios, pontua Egon Heck. Estratégias fantasiosas foram desenvolvidas para colocar a população contra os povos indígenas. Leia mas no cimi

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Erros e acertos no corredor de Carajás

Autor do texto:
Comunidades de Açailândia - Maranhão

Nossas casas estão construídas numa área onde o progresso está querendo chegar com tudo. Erramos, desculpem, não queríamos tirar espaço às empresas. Digam-nos quando é que precisam de nossa terra e a gente vá embora...
A ferrovia do desenvolvimento atravessa nossos povoados escoando minério para vender no exterior e fazer crescer nosso Brasil. Às vezes a gente atravessa os trilhos e alguém de nós fica sendo atropelado pelo trem. Erramos, desculpem, não queríamos atrasar os negócios. De vez em quando, alguém de nós pergunta-se se é justo que o lucro fique acima da vida e da dignidade. Erramos, desculpem, não queríamos dar a impressão de um discurso anticapitalista: afinal precisamos de trabalho, a qualquer condição.
Muita gente chama à atenção por causa desses nossos erros. Chegamos ao limite de pensar que nós mesmos somos errados e que nossa maior falha, afinal, seja existir.
Ponte do Trem da Vale, Piquiá de Baixo
Na verdade, conversando entre nós, damo-nos conta de que alguns erros a gente tem feito sim: levantamos a voz tarde demais, mas ainda há tempo de fazer valer nossas razões.
Às vezes na luta cansamos, pois os resultados demoram, mas ainda há garra. Custamos a unir nossas resistências ao longo dos trilhos do desenvolvimento, mas a rede está se fortalecendo.
Os primeiros acertos começam a aparecer: no Piquiá de Baixo (MA), após anos de protesto silenciado, nossas trezentos famílias estão reunindo empresas, instituições, mídia e administração pública para negociar um tratamento digno às vítimas do progresso e da poluição. Em Ourilândia (PA) a pauta de negociação entre movimentos sociais, Vale e INCRA avançou muito, criando precedentes interessantes para defender os direitos dos assentados, garantir indenizações dignas e condições para recomeçar a vida, apesar dos impactos das empresas.

Podemos errar, mas nunca somos errados, quando clamamos que esse bendito desenvolvimento (na boca de todos agora que precisam de votos) não atropele nossas vidas!

CNBB condena violência contra os Guarani-Kaiowá no MS

Do Boletim da CNBB

A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou, na tarde desta quarta-feira, 22, uma nota pedindo a demarcação das terras do povo Guarani-Kaiowá, no Mato Grosso do Sul. A CNBB repudiou a violência que os indígenas têm sofrido, especialmente nas comunidades Y’poí, no município de Paranhos, e Ita’y Ka’aguyrusu, em Douradina.
“São ataques a mão armada numa brutal intimidação aos habitantes dessas comunidades que se veem não só cerceadas no seu direito de ir e vir como também privadas de bens essenciais à vida como água, comida, educação e saúde”, diz a nota. leia mas no mst

sábado, 2 de outubro de 2010

Ganância e cumplicidade matam 13 trabalhadores no Pará

A coordenação Nacional da CPT, chocada com uma chacina de grande proporções no
Assentamento Rio Cururuí, município de Parajá, PA, chama a atenção da sociedade brasileira
para o clima de violência na região e responsabiliza as autoridades por novos massacres que
possam ocorrer caso providências efetivas não forem tomadas... leia mas no CIMI