Algumas das casas na maioria de
pau-a-pique, na frente delas a única vicinal que dar acesso ao povoado. Uma
vicinal com muito lagos, não pensem que sejam lagos de águas cristalinas, são
lagos feito com a água da chuva também conhecido como poças de lamas,
concentradas em frente ás casas.
Em baixo de uma mangueira, uma
mulher morena de estatura media, varria a frente de sua pequena casa. Sempre de
portas abertas, quem passasse em frente enxergava de fora o carinho e o cuidado
que aquela mulher tinha de seu lá. Em quanto varria, suas duas filhas
aproveitavam a ultima semana de férias da escola para brincar em frente à
pequena casinha, em baixo da mangueira. Suas brincadeiras, não eram com as
sofisticadas bonecas da barbie. Brincavam de fazer castelos de areia, enquanto
uma buscava areia a outra fazia os castelos. E assim as duas meninas construíam
sonhos.
As noites eram mais escuras e o
céu mais estrelado. Aquele costume de sentar em frente ás casas para contar
histórias ou estórias, adivinhas, piadas ou olhar o céu, já era um pouco menos praticado.
Alguns se reuniam na casa do visinho para assistir novelas...
Alguns mosquitos atormentavam os
visitantes, como eles adoravam umas pernas! Mas lá existe outro mosquito que
atormentava muito mais, não só os visitantes, mas todos que há muito tempo
vivem naquela comunidade.
Alguns metros ao lado da única
vicinal do povoado, uma grande linha de ferro de 892 km passa em frente aquela
comunidade. Uma estrada de ferro bem cuidada com manutenção todos os dias, para
á passagens dos grandes trens de mais de três mil metros de comprimentos que
levam minérios para o porto da capital São Luis/MA.
O trem que passa. trem que vem,
trem que pára, tirando o direito de aprender, de prosear, de descansar e de
viver. Trem que dar ritmo e que dita ás
regras.
Quatro horas da manhã, o jovem vaqueiro que
cuida do pequeno rebanho de gado de seu velho pai, levanta todos os dias para
tira leite, e alimentar sua família. No curral de arames farpado, ver o sol
chegar. Na frente dele um trem parado, fica atento, na espera do bendito trem
sair do caminho que leva ao pasto, por onde ele passa com suas vacas leiteiras
para pastar. Esse é o trem que dar ritmo e dita ás regras na comunidade Centro
dos Farias no município de Buriticupu/MA.
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