terça-feira, 20 de março de 2012

Resultado de julgamento é favorável para moradores de Piquiá de Baixo


Piquiá de Baixo

Foi confirmada a legalidade da desapropriação do terreno para o reassentamento das famílias
  
A 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça decidiu, em sessão realizada hoje, pela legalidade da desapropriação do terreno destinado ao reassentamento dos moradores de Piquiá de Baixo.  Em voto extensivamente fundamentado, o Desembargador Paulo Velten, relator do processo, reconheceu a gravidade da situação e o dever das empresas poluidoras e dos entes públicos de promover soluções imediatas para o problema, dentre eles a mencionada desapropriação.    
Há pelo menos duas décadas, mais de 350 famílias residentes no bairro Piquiá de Baixo estão obrigadas a conviver diariamente com a poluição causada pelo polo siderúrgico de Açailândia. Hoje, esses moradores comemoram uma conquista que será definitiva para o futuro de suas vidas..
Após assistir a todo o julgamento, uma comissão de moradores de Piquiá de Baixo segue hoje com sua agenda extensa de reuniões em São Luís. “Cobraremos do Governo do Estado do Maranhão pelos compromissos já assumidos quanto a recursos para a construção das casas. Agora com essa decisão do Tribunal, contamos com MPE e DPE para fazer com que as empresas assumam suas responsabilidades e tomem medidas urgentes para o nosso reassentamento”, diz Edvard Cardeal, presidente da Associação de Moradores.
Outro grupo de moradores está concentrado no Fórum de Açailândia, em busca da efetivação da imissão na posse, para que a projetação do novo bairro possa se iniciar em breve .





Assessoria de Comunicação
Rede Justiça nos Trilhos
Mais informações: (99) 8817-1536 - Larissa Santos
Email: larissasantos.jornalista@gmail.com

Moradores de Piquiá de Baixo presenciam julgamento em São Luís


Açailândia-Piquiá-MA

O julgamento acontece na manhã de terça-feira, dia 20 e é decisivo para o futuro da comunidade

Nessa terça-feira (20), uma comissão de moradores de Piquiá de Baixo, Açailândia (MA), estará em São Luís para presenciar o julgamento que vai decidir sobre o reassentamento desses moradores em um novo local. O bairro Piquiá de Baixo localiza-se no quilômetro 14,5 da rodovia BR-222, a 566 km da capital do Maranhão.
 Há pelo menos duas décadas, as mais de 350 famílias residentes no bairro Piquiá de Baixo estão obrigadas a conviver diariamente com a poluição causada pelo pólo siderúrgico de Açailândia. Espera-se que o julgamento desta terça desbloqueie o processo de mudança dos moradores para uma nova área, fato que influenciará diretamente na qualidade de vida dessas pessoas.

Polo industrial

O polo siderúrgico de Açailândia é composto por cinco empresas, Companhia Siderúrgica Vale do Pindaré, Ferro Gusa do Maranhão Ltda (Fergumar), Gusa Nordeste S/A, Siderúrgica do Maranhão S/A (Simasa) e Viena Siderúrgica S/A. Tudo o que é produzido por elas é destinado ao mercado externo.
Essas empresas são parceiras preferenciais da Vale S/A, que fornece o minério de ferro. Depois de fornecer a matéria prima, ela transporta toda a produção até São Luis, através da Ferrovia que têm em concessão e que passa exatamente pelo povoado de Piquiá de Baixo.

Luta e perseverança

A luta dos moradores de Piquiá de Baixo por melhores condições de vida já leva alguns anos e tem se intensificado nos últimos meses. Em dezembro de 2011, moradores do bairro saíram em marcha e bloquearam por quatro horas a BR-222 que liga Açailândia a São Luís. 
Repercussão

A gravidade do caso de Piquiá de Baixo gerou repercussão nacional e internacional, ao ponto de suscitar o interesse da Federação Internacional de Direitos Humanos em realizar um estudo que resultou na publicação do relatório “Quanto Valem os Direitos Humanos”. O caso também foi matéria de capa da Revista Caros Amigos, na edição do último mês de fevereiro.

Agenda ampla em São Luís nesta terça

Independentemente do resultado do julgamento, a comissão de moradores de Piquiá de Baixo terá uma agenda extensa de reuniões em São Luís. “Cobraremos do Governo do Estado do Maranhão pelos compromissos já assumidos quanto a recursos para a construção das casas. E também veremos com MPE e DPE sobre possíveis ações judiciais para sanar o problema de uma vez, já que as negociações estão se dando muito lentamente e não parece haver boa vontade dos responsáveis”, diz Edvard Cardeal, presidente da Associação de Moradores.

Dados do julgamento

O julgamento do processo que interessa aos moradores de Piquiá (agravo de instrumento nº 26.821/2011) se dará na manhã desta terça-feira durante a sessão da 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça prevista para começar às 9h.
           




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