terça-feira, 28 de junho de 2011

Desmatamento na Amazônia para o plantio de soja cresceu 85% em 2011

A soja está voltando a ser uma fonte de pressão sobre a floresta Amazônica. Dados de monitoramento indicam que o desmatamento para plantação de soja na floresta cresceu 85% em 2011, em relação ao ano passado. As informações são do jornal Folha de São Paulo, que teve acesso ao monitoramento realizado pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
Segundo o relatório, a área desmatada para a produção de soja em 375 mil hectares, monitorados em 53 municípios por satélite e avião, foi de 11.653 hectares na safra 2010/2011. O número de "polígonos", ou áreas desmatadas maiores que 25 hectares ocupadas com soja, subiu de 76 no ano passado para 147 este ano, um aumento de 93%. Em 2009/2010, ela era de 6.295 hectares, numa área monitorada 24% menor.
Com o aquecimento no mercado dos grãos a situação tende a se agravar nos próximos anos, principalmente pela demanda chinesa e obras de infraestrutura planejadas para facilitar o escoamento da safra.
Desde 2006, organizações ambientalistas e as principais comercializadoras de soja do país, representadas pela Abiove, firmaram um moratório. Pelo acordo, as empresas se comprometeram a não comprar soja proveniente de novos desmatamentos.
Entretanto, nos últimos dois anos, o preço da soja voltou às alturas: mais que dobrou, fazendo com que alguns produtores voltassem a desmatar. Outro fator, que pode ter contribuído, é a expectativas do setor produtivo em relação às mudanças no Código Florestal.
Esses produtores, que querem escapar da moratória, encontram cada vez mais refúgio no mercado chinês.
Uma opção apresentada por organizações ambientalistas para conter o avanço seria a adoção do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Pelo cadastro, as fazendas declaram aos órgãos ambientais estaduais os limites de suas áreas de mata nativa por imagem de satélite - e ficam mais sujeitas a fiscalização. As empresas que comercializam o produtor têm evitado fazer essa exigência, com medo de reação dos produtores.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

MAIS UM PASSO PARA FRENTE PARA O REASSENTAMENTO DO PIQUIÁ DE BAIXO



A associação de moradores do Piquiá de baixo, a paróquia São João Batista, o Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carman Bascaran de Açailândia informam que a Procuradora Geral de Justiça do Maranhão, Doutora Fátima Travassos e o Defensor Geral do Estado do Maranhão, Doutor Aldy Melo Filho convocam para a próxima quarta feira, 22 de junho, às 16 horas, no gabinete da Procuradora Geral de Justiça as entidades interessadas no processo de reassentamento do povoado do Piquiá de Baixo e a imprensa em geral para a entrega por parte do SIFEMA  a prefeitura  Municipal de Açailândia do cheque a titulo de deposito prévio para fins de desapropriação com o valor constante de avaliação efetuada pelo CREA que instrui o Inquérito Civil Publico 001/2011 da PJA. No mesmo dia será assinado também o Termo Aditivo (TA) ao Termo de Compromisso de Conduta(TCC) em que o Município, se obriga, no prazo de 15 (quinze) dias a contar da ciência do depósito retrocitado, a emitir o Decreto de desapropriação, bem como  efetuar  o deposito prévio em favor do expropriado visando garantir a imissão na posse do terreno registrado no Cartório do 6o Ofício da Comarca de Imperatriz/MA, sob a matrícula n.° 7.237.

terça-feira, 14 de junho de 2011

COMUNICAR PARA RESGATAR A NOSSA CULTURA

É esse o tema do seminário de encerramento das atividades do primeiro ano do “Ponto de cultura” de Açailândia.

Mas, o que é um Ponto de cultura”?

Cartaz
Trata-se de um programa nacional do Ministério da Cultura que se propõe a criação de “Pontos” nos diferentes estados da federação. Foi assim que em 2009 o estado do Maranhão lançou um edital para e realização de “Pontos de cultura” para o Estado do Maranhão. Também a Associação Radio Comunitária Açailandia (ARCA FM) e a paróquia São João Batista participaram do edital e a partir do 16 de junho de 2010 na nossa cidade operam dois pólos do “Ponto de Cultura”. Ao longo do ano foram organizados cursos de jornalismo investigativo, redação e diagramação de jornal, edição de radio documentários, edição de paginas web e edição de vídeos documentários. Os cursos foram realizados na sede da ARCA FM e no Distrito Industrial do Piquiá. Participaram mais de 50 jovens.

Atividade final do primeiro ano do “Ponto” é a realização de um seminário sobre comunicação e cultura que acontecerá sábado 18 de junho das 13 horas até as 18 horas no auditorium da Igreja dos Santos dos Últimos Dias, rua santos Dumont, 490 Centro.


Ao longo do seminário serão propostas três mesas de debate:
Na primeira será discutido o tema da comunicação na região tocantina e confirmaram a presença a Professora Roseane Pinheiro, coordenadora do curso de jornalismo da UFMA de Imperatriz, João Marcio, jornalista de Brasil de Fato e Vanusia Gonçalves da ARCA F e integrante estadual do ABRAÇO (Associação Brasileira das Rádios Comunitárias). O debate será moderado por Josafá Ramalho, jornalista e coordenador da pastoral da comunicação da Diocese de Imperatriz. A segunda mesa redonda discutirá o tema da comunicação na nossa cidade e confirmaram a presença: Maria do Carmo assessora de comunicação da Prefeitura, Wilton Lima, radialista, blogueiro e diretor da radio Clube FM, Rafaete Araujo, radialista da ARCA FM, Gilberto Freire, Blogueiro, Daniela Sousa representando os jovens que participaram do “Ponto de Cultura” e o novo diretor da TV Esperança. O debate será moderado por um estudante de jornalismo da UFMA de Imperatriz. A terceira mesa redonda irá discutir as relações entre cultura e comunicação e será composta por: Xico Cruz representando o grupo Cordão do Teatro, Mikaell Carvalho, representando o grupo JUPAZ, um representante do espetáculo “Quilombagem” do Centro de Defesa e um representante das quadrilhas da Vila Ildemar. Na mesa participará também o Professor Bosco, secretario de cultura do município.

O dia se encerrará com a entrega dos certificados para os jovens que participaram dos cursos e com um coquetel.

Descarrilamento de trem da Vale provoca explosão na Estrada de Ferro de Carajás

Por Marcio Zonta
Segundo informações do IBAMA, aproximadamente 236 mil litros de óleo diesel teriam vazado



Foto Marcelo Cruz
Um acidente de grande proporção ocorreu na madrugada do dia 08 de junho, na Estrada de Ferro dos Carajás, na altura do KM 640, entre as cidades maranhenses de São Pedro da Água Branca e Vila Nova dos Martírios.

Segundo informações preliminares do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, após descarrilamento do trem da Vale, dois vagões transportando óleo diesel explodiram e outros dois perfurados no acidente vazaram no local. Cada composição tem capacidade para carregar 118 mil litros de combustível.
Dois analistas ambientais do IBAMA de Imperatriz (MA) foram enviados ao local para perícia. “Até o momento não temos elementos para dizer sobre os impactos ambientais desse acidente, mas sabemos que foi próximo a pequenos cursos de água o que inevitavelmente poderá sofrer contaminação”, explica o gerente executivo do IBAMA de Imperatriz, Orlando de Assunção Filho.

Para uma primeira perícia, foi necessário o uso de helicóptero, pois o calor do fogo não permitia a chegada dos analistas do IBAMA até o local.
Providências
Um dos objetivos da perícia no local é avaliar o Plano de Emergência Ambiental da Vale, (PEA), além das responsabilidades da mineradora diante do ocorrido. “Já encaminhamos o laudo para a superintendência do IBAMA de São Luis(MA) e Brasília (DF)e nas próximas horas já sabemos o que será aplicado de sanção para Vale, dependendo do que ocorreu, no solo, na água e no ar”, diz Assunção.

Para a engenheira de Recursos Hídricos e Ciências Ambientais, do Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascaran de Açailândia (CDVDH - BC), Mariana De La Fuentes, o perigo que a Vale traz às comunidades é eminente, “Já estamos alertando há um bom tempo sobre o perigo da Vale carregando inseticida e combustível, a mineradora não poderia nunca cortar os povoados carregando produtos tóxicos,com certeza isso poderá acarretar em graves conseqüências ambientais.”, conclui.

Até o momento a Estrada de Ferro de Carajás está interditada, sem previsão de liberação, conforme informa o IBAMA.