segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Sobre Fotografar - "A ESPERA"


  Passeando por São Luís numa bela  noite com minha companheira, resolvi  subir a escada que liga a praça  Maria Aragão à praça Gonçalves Dia umas das mais belas da nossa capital, em frente a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios. A vista de lá de cima é bela, tirei logo da minha bolsa minha câmera fotográfica minha fiel companheira.



Sentei num banco da praça e comecei a olhar cada elemento que compõe o cenário ali, as pessoas, as obras de arte, a luz e o céu naquela noite. Busquei um momento para refleti e pensar em que imagens eu poderia buscar. E logo fui atrás das fotográficas que já estavam previamente feitas na minha memória.
Sabia que ali seria uma ótima oportunidade para praticar algumas fotos noturnas e que mesmo as imagens previamente pensadas eu poderia me surpreender a qualquer momento com as supressas da vida que estar sempre em constantes mudanças.
Avistei alguns jovens esqueitistas praticando seu esporte ali na praça, logo me sentei por perto, no chão mesmo. Enquadrei a imagem criei minha composição, agora era só esperar o momento certo. Esperei... enquanto eles davam voltas. Avistei pela lente da câmera que vinha em minha direção, exatamente tento da minha composição, então esperei um pouco mais para fazer o clic, um momento mais forte da expressão do esqueitista, o salto com seu esqueite.










"Valquirias: agarrados a um fio de fumaça”


Fotos: Marcelo Cruz

  Num ambiente escuro e sombrio, o público em silencio se organizar para prestigiar mais uma produção teatral do grupo cordão. Ouvisse gemidos e passos.  Nas cenas os conflitos dos usuários de crack, suas viagens alucinantes o desespero para arruma dinheiro e comprar mais crack.  Sua solidão nas ruas, seu pedido de socorro, seus gritos e gemidos, fazem o coração palpitar mais forte de quem está ali assistindo as cenas.
O espetáculo que se chama ”Valquirias:  agarrados a um fio de fumaça” é um chute no estômago daqueles que acham que o usuário de droga é uma marginal, um fora da lei, uma mancha suja na sociedade.

Uma realidade que sabemos que existe, mas o preconceito acaba nos fechando os olhos.
45:00 minutos é o bastante para nos despertar  e perceber que os usuários de droga são seres humanos, são crianças, adolescentes, homens e mulheres que precisam de ajuda e carinho. 

O espetáculo que agora segue em cartaz para as cidades de Imperatriz, Itinga do Maranhão, Castanhede e a capital Maranhense.



segue as fotos da ultima apresentação em Açailandia:




















sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Cuidar do meio ambiente e cuidar da gente

Mais de 300 Jovens do nordeste brasileiro saíram de suas casas ruma á cidade de Timon – MA, alguns que viajaram mais de 20 horas, deixando estado e cidade, todos com um só propósito discutirem e manifestarem-se diante das injustiças socioambientais que o ser humano e o planeta terra vêm sofrendo pelos grandes projetos que destroem a terra e vida. Cada jovem trouxe com sigo sua mística de luta, em cada palavra novas idéias sustentáveis, nas expressões suas indignidades diante desse falso “desenvolvimento”, em cada olhar brilhava a esperança por um mundo mas sustentável.
  Na IV edição do encontro de Jovens Nordestinos Pela Paz que esse ano tinha como tema Justiça Socioambiental e o lema Cuidar do meio-ambiente e da gente, reuniu jovem do Ceará, Paraíba, Bahia, Piauí e Maranhão nos dias 12, 13 e 14 de agosto. O encontro foi assessorado pelo Pe. Dario e pelo Advogado Danilo Chammas militantes da Rede Justiça nos Trilhos que com matérias em vídeos, áudio e panfletagens produzidos pelos jovens do JUPAZ de Açailandia-MA, mostraram formas de como denunciar as irregularidades ambientais que cada um vive em sua cidade.
Nas oficinas de elaboração de pequenos projetos saíram novas idéias para um mundo mas sustentáveis.

 Algumas fotos do encontro:

















quarta-feira, 24 de agosto de 2011

por Camila Queiroz

Nesta segunda-feira, dia 22, cerca de quatro mil camponeses de 23 estados do
Brasil montarão o Acampamento Nacional por Reforma Agrária, na capital federal
do país, Brasília. A atividade ocorrerá por tempo indeterminado e faz parte da
Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária, da Via Campesina. Nos outros
estados, haverá atos políticos e culturais a partir do dia 22.

Implantação da Reforma Agrária como política pública prioritária é a
principal pauta do acampamento, a partir da qual surgem três importantes
reivindicações: assentamento das mais de 60 mil famílias do MST acampadas em
todo o Brasil; recomposição do orçamento destinado à obtenção de terras e
renegociação das dívidas dos pequenos agricultores e agricultoras.

De acordo com o integrante da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST) e da Via Campesina, José Batista de Oliveira, há famílias
acampadas, ou seja, debaixo de lonas esperando o assentamento, há mais de cinco
anos. Para pôr fim a essa injustiça social, a Via Campesina exige um programa de
desapropriação dos grandes latifúndios improdutivos, além da garantia de um
plano de assentamento de 100 mil famílias por ano.

A recomposição do
orçamento destinado à obtenção de terras é assunto fundamental, pois, segundo o
dirigente, o valor de 530 milhões de reais destinado pelo Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (Incra) já foi executado. Além disso, em 2012 está
previsto valor ainda menor, de apenas 465 milhões de reais.

Por sua vez,
o MST fez levantamento (baseado em dados do Incra) que aponta ser necessário o
valor médio de 52 mil reais para assentar uma família em uma área de 15
hectares. "Com esse montante, o Estado brasileiro garantiria terra, trabalho e
futuro, gerando uma média de 2,2 empregos no meio rural por família assentada.
No entanto, se a mesma família for para a cidade, o Governo terá o custo de R$
42 mil reais para uma casa popular, sem garantir ainda emprego e escola”,
enfatiza.

Difícil também é a situação dos pequenos agricultores e
agricultoras. Sem políticas públicas adequadas, não têm como desenvolver e
escoar a produção, e ainda recebem baixos valores por ela, acabando por se
endividar. José Batista cita dados do Ministério da Fazenda segundo os quais o
valor em dívidas vencidas no Brasil chega a 30 bilhões de reais. Ele destaca que
o quadro é preocupante, pois são justamente os agricultores familiares que
abastecem 70% do mercado interno brasileiro.

"Queremos nova política de
crédito rural, mais acessível aos pequenos agricultores, diferente do Pronaf
(Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). Começando pela
anistia de todos os que devem até dez mil reais por família e renegociação das
dívidas”, indica.

A favor da Reforma Agrária


José
Batista listou motivos que contam ponto a favor da Reforma Agrária. "A Via
Campesina acredita que a Reforma Agrária é um dos principais meios de
desenvolver nosso país, pois democratiza a terra, gera empregos diretos, moradia
e produção de alimentos, superando a miséria no interior do país e o inchaço dos
grandes centros urbanos”, aponta.
Além disso, acrescenta: "um programa sério
de Reforma Agrária levaria acesso à saúde, educação, lazer, tecnologia e
comunicação e infraestrutura”, necessidades básicas que atualmente não são
garantidas no interior do Brasil. (Adital)
 

MST participa de protestos contra governo Roseana Sarney em São Luís

Por Reynaldo Costa
Da Página do MST


Cerca de 600 trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, com a participação do MST, promovem manifestações em São Luís desde segunda-feira, para cobrar o assentamento das mais de 3.000 famílias acampadas no Maranhão.
Foram realizadas marchas pelas principais ruas da capital e protestos em frente ao Palácio de Justiça, para denunciar a corrupção no governo de Roseana Sarney, desvios de verbas na saúde e educação.
Os trabalhadores reivindicam também Reforma Urbana, a demarcação das áreas indígenas, reconhecimento dos territórios quilombolas.
Além disso, denunciaram o aumento da violência e conflitos no campo com o avanço dos grandes projetos econômicos de empresas, como a Vale e a Suzano Papel Celulose, e o descaso do Poder Judiciário com as mais de 96 lideranças do campo ameaçadas de morte.
As mobilizações são organizadas pelo MST, Comissão Pastoral da Terra (CPT), Comunidades Quilombolas, Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, Articulação Nacional dos Estudantes Livres, União de Luta por Moradia, Conselho Indigenista Missionário (CIMI) entre outros.

Miséria

Apesar de ter tirado cerca de 600 mil pessoas da pobreza extrema na última década, o Maranhão ainda é o estado que tem maior parcela da população vivendo com até R$ 70 mensais. São 1,7 milhão pessoas, de acordo com o IBGE, o que representa 25% dos 6,5 milhões de maranhenses.
O agronegócio já ocupa quase o dobro do espaço da agricultura familiar: 8,4 milhões de hectares contra 4,5 milhões de hectares, respectivamente, de acordo com o Censo Agropecuário do IBGE (2006). No entanto, a agricultura familiar é a fonte de renda de 850 mil pessoas, enquanto o agronegócio emprega apenas 133 mil.

Violência no Campo

A violência no campo e o número de conflitos por terras aumentaram no Maranhão, de acordo com o relatório Conflitos no Campo 2010, elaborado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT). De acordo com o documento, o estado teve um aumento de 136% em ocorrências de violência contra a ocupação e posse, entre 2009 e 2010. Foram registradas 170 ocorrências em 2010, contra 72 em 2009. O número de conflitos no campo aumentou 77%: foram registrados 199 conflitos em 2010, contra 112 em 2009.
O relatório explica que os conflitos no campo têm origem principal em questões relacionadas à concentração de terra. Hoje, segundo dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) revela que, entre 1998 e 2008, o número de imóveis rurais de propriedade de empresas, tanto nacionais como estrangeiras, passou de 67 mil para 131 mil, sendo um total de 177 milhões de hectares.

Além dos registros de uso da violência para conter movimentos e manifestações camponesas, há também o registro de mortes ligadas à exploração e luta entre classes, além de disputas por propriedades. Em 2010, foram registrados 34 mortes por conta da violência no campo, um aumento de 31% em relação a 2009, quando foram registradas 26 mortes. No Maranhão, ano passado, foram quatro mortes, em Santa Luzia, São Francisco Férrer, Codó e São Mateus do Maranhão.
Todos foram identificados no relatório como líderes camponeses que comandavam ações populares por ocupação e reconhecimento de terras.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

SEMINARIO ABRE A CAMINHADA RUMO À ROMARIA DA TERRA E DAS ÁGUAS

As Paróquias da cidade de Açailândia, Itinga e São Francisco do Brejão convocam todas as comunidades católicas e os movimentos sociais para o Seminário em preparação à Romaria da Terra e das Águas.

Sábado 30 de julho (das 14 às 18h), lideranças e militantes estarão encontrando-se na Paróquia São João Batista (Jacu) para aprofundar o tema da Romaria 2011: “Terra, água, direitos: Defender, Resistir, Construir”.

A XI ROMARIA DA TERRA E DAS ÁGUAS DO MARANHÃO acontecerá nos dias 10 e 11 de setembro em nossa cidade, no distrito industrial do Piquiá. Está prevista a participação de cinco mil pessoas, vindo de todo o estado do Maranhão. A Romaria é uma iniciativa da CNBB (Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil), composta no Maranhão por 12 Dioceses que compõem o Regional Nordeste5.

O evento acontece a cada dois anos e reúne, em um grande momento de denúncia, celebração e festa, representantes de comunidades eclesiais de base, dioceses, pastorais sociais, movimentos populares.

Nessa edição as comunidades são chamadas a refletir, em continuidade com a caminhada da campanha da fraternidade, sobre a temática meio ambiental e de maneira particular sobre a concepção “perversa” do modelo de desenvolvimento, que visa ao lucro para poucos “eleitos” deixando rastros de exploração e de miséria para a grande maioria do povo e para o meio ambiente.

Durante o seminário os participantes construirão uma analise de conjuntura das problemáticas sócio ambientais da nossa região, trabalharão em grupos de estudo os temas dos encontros de preparação e receberão informações praticas para que as comunidades, grupos e movimentos possam participar da romaria.

Para contatos:

Paróquia São João Batista

Tel. (99) 3538.1787