segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Primeira Jornada de Luta da Infância e Juventude do Campo da Regional de Açalândia - MST - MA


No dia 11 de outubro, as crianças e jovem do MST de Açailânida, saíram em manifesto da praça da Bíblia pelas ruas da cidade até a praça do Pioneiro, com cartazes e grito de ordem reivindicando seus direitos a uma educação melhor e de qualidade no campo.



CARTA DE MANIFESTO DA INFÂNCIA E JUVENTUDE DO CAMPO AO POVO MARANHESSE.

Regional de Açailândia, 11 de outubro de 2010

Somos Jovens e Crianças, filhos e filhas de trabalhadores rurais que sonham com um mundo melhor para o campo e para cidade. Onde quem vive no meio rural não seja discriminado e o campo seja visto como um lugar de pessoas capacitadas, seres humanos com direitos e deveres a serem respeitados.



Manifestamos nossa profunda indignação diante da miséria e injustiças que acontecem em nosso país. Como o aumento da poluição do nosso meio-ambiente, a morte das nosso matas para plantar eucalipto, a ameaça aos nossos rios e nossa água pela ganância de quem tem poder, as nossas crianças de 7,11,15 anos que trabalham de sol a sol porque são muitos pobres, têm que trabalhar ao investe de freqüentarem a escola, as pessoas que são vitimas do trabalho escravo, os que moram em barrocos de plásticos, casas de imbaúba, as mulheres que trabalham o dia inteiro na roça voltam ainda vão cuidar de tudo na casa, os jovens que trabalham o dia inteiro e a noite vão a escola sem jantar porque lhes falta comida. Nós, jovens e crianças do campo nos manifestamos contra a negação dos direitos e a todas as formas de desrespeito a qualquer pessoa.


Nós, crianças e jovens percebemos que nosso país tem dois lados: um lado que destrói nossa nação e aumenta e exclusão social e do outro lado está às trabalhadoras e trabalhadores organizados que construírem um novo projeto. Nós jovens e crianças do campo somos construtores de um projeto dos trabalhadores e nossa força está a serviço de uma mundo justo.



Na condição de jovens e crianças estudantes das escolas do campo exigimos direitos iguais: na educação, saúde, moradia, alimentação, esporte. Lazer, cultura. Ou seja, em todas as necessidades básicas que os seres humanos necessitam. Lutamos por uma escola publica de qualidade que o Brasil acabe com o analfabetismo. Compreendemos que a educação sozinha não resolve os problemas da juventude, pelos representantes que governam nosso país.

Reivindicamos novas condições para que possamos morar no campo com dignidade e não ter que voltar para cidade. Estamos nos esforçando para ter a comunidade que sonhamos. Lutamos junto ao MST pelo poder popular e pela justiça em nosso país.



Reivindicação urgente

1 – Realizar ainda este ano um levantamento das necessidades especificas de cada escola.

2 – Construir e implantar o Ensino Médio no e do Campo nas comunidades do município onde existir demanda e em todas abrangência da gerencias Regional.

3- Aspectos estruturais: construção, estruturação e ampliação física das escolas. Contemplando espaços de refeitório, muros, auditórios e laboratórios. Aquisição de bebedouros, ventiladores, vasillhame padrão para coleta de lixo, carteiras, quadros brancos a pincel, estruturação adequada das cozinhas, secretarias e salas de educação infantil.


4- Aspectos pedagógicos: aquisição de bibliotecas, laboratórios de informática e merenda escolar, aquisição de equipamentos didáticos com: aparelhos de som, aparelhos de DVD, ciências, livros didáticos para todos os segmentos, formação inicial e continuada de educadores, implantação da modalidade de EJA em todas as escolas, reconhecimento e regularização das escolas, garantia e melhoria da data show.



5- Saúdem cultura, lazer e proteção: estruturação e apoio a escola que já desenvolvem experiências produtivas, implantação de agroindústrias nas comunidades para beneficiar a produção, gerar emprego e renda para juventude, construção de espaços de esporte e lazer como: quadras poliesportivas, parque infantil alternativos, políticas de incentivo as manifestações e criações artísticas existentes, construir e/ou estruturar os posto de saúde existente com atendimento médico, dentário e com ambulância para emergências.

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